
Sobrecarga sensorial — Quando o mundo pesa demais
O que parece detalhe, mas não é
Barulho alto. Luz muito forte. Cheiro intenso. Toques inesperados. Para muita gente, isso é apenas… o mundo. Algo que passa despercebido no dia a dia. Mas, para uma pessoa autista, esses detalhes podem ser o gatilho de uma tempestade interna.
Não é frescura. É real.
A sobrecarga sensorial não é exagero, nem birra, nem falta de educação. É quando o cérebro, literalmente, não consegue mais processar tantos estímulos de uma vez. A luz, o som, o cheiro e o toque vêm todos juntos, sem filtro, sem pausa, sem descanso.
E quando ela chega…
O corpo entra em modo de defesa. Algumas pessoas congelam. Outras gritam. Outras se isolam. Algumas precisam se balançar, bater as mãos, buscar qualquer movimento que ajude o cérebro a se reorganizar. E, nesse momento, não existe espaço para conversa, aprendizado, regras ou socialização. Existe apenas a necessidade urgente de se proteger.
O mundo precisa entender
Criar ambientes mais sensoriais, com menos excesso, menos ruído, menos estímulo, não é um capricho. É inclusão. É garantir que as pessoas autistas possam existir no mundo com segurança, com conforto, com dignidade. E que possam, simplesmente, ser quem são — sem que isso custe sua paz ou sua saúde mental.